Acordei às 03:15h. O cheiro do café coando já dominava a casa e antes que o Dante acordasse pra mamar eu já havia tirado meu pijama e colocado outra roupa tão confortável quanto.
Depois de um bom gole no café fresquinho, uma última checada nas malas e o Dante alimentado, entramos no carro pra só sair 1.200 Km depois. Assim começou o natal de 2012.
Como esta foi a primeira viagem do Dante estávamos apreensivos, afinal, como prever o comportamento de um bebê de três meses numa viagem tão longa e cansativa?
Resolvemos então percorrer o trajeto todo no mesmo dia, foi o melhor que fizemos.
Na balsa, atravesando o Rio Madeira. |
O Dante ajudou muito se mantendo tranquilo durante todas as 16 horas em que ficou no carro naquela cadeirinha que de confortável não tem nada!
Rio Mutum-Paraná/ RO - seria este um retrato espinhoso
do impacto das hidrelétricas?
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Obviamente tivemos que parar no acostamento algumas vezes pra eu poder alimentá-lo o suficiente pra ele se acalmar e chegarmos até o ponto de parada. Isso aconteceu umas duas ou três vezes e, levando em consideração o tamanho da viagem, acho que o Dante se comportou mais do que bem!
Posto Itaporanga - entrada para Espigão D'oeste/RO (a primeira cidade que morei no norte do país) |
Em todas as paradas procurei deixar ele se espreguiçar e massageei o corpinho cansado do meu bebê pra evitar qualquer problema de circulação. Bebi muita água (o que foi ruim em alguns momentos porque ir ao banheiro é um problema nessas viagens). No carro levamos lanches pra evitar paradas fora do horário, as malas, travesseiros, presentes e ainda a banheira pra eu poder dar os banhos que ele está acostumado mesmo na estrada porque, criança precisa de rotina e o Dante, virginiano, mais ainda. O carrinho ficou em casa. Em seu lugar levamos uma cadeirinha de balanço muito fácil de desmontar e ótima pra tirar aquele cochilo.
Apesar de levar a banheira usamos um balde do restaurante que já veio com a água quente. Pra tudo se tem um jeito! |
Embora o caos tenha chegado a se instalar dentro do carro com todas as coisas mais as fraldas sujas de leite por causa do refluxo, consegui não enlouquecer e chegamos em Vilhena cansados, muito cansados, mas inteiros e sãos.
A maior preocupação então era que o Dante não quisesse dormir já que passou praticamente o dia inteiro dormindo mas acho que o cansaço (e o berço lindo que a família deixou arrumadinho pra ele) foi maior e ele dormiu a noite toda, me permitindo uma noite de sono profundo e reparador.
Nos dias seguintes pudemos passear pela chácara, aproveitar a família e mostrar a ele um monte de coisas novas!
A família reunida |
Conhecer tias e tios, primos, padrinho |
A casa do Dante na Floresta Encantada |
Os preparativos pro natal enquanto quase todos dormiam |
A música da vovó |
Pingo, o cachorro que pensa que é gato |
Chico, o ganso que pensa que é cachorro |
Tio e primos que vieram conhecer o mais novo membro da família |
Meu Primeiro Natal!! |
Pelo que li, três meses é a idade ideal pra apresentar coisas novas ao bebê: sons, texturas, imagens; porque sua percepção está aguçada e a memória funcionando perfeitamente.
Acho que nos saímos bem!
(e ainda encaramos a volta...)