Desabrochar

Hoje recebi a primeira apostila do curso de fotografia da escola Focus (olha a propaganda gratuita, depois da imensa quantidade de alunos que eles vão conseguir por isso, vou pedir desconto). O Bruno quem fez a inscrição, pagou etc e tal, eu, muquirana, não queria fazer porque é caro, porque não tá na hora, porque espera isso, espera aquilo como ele costuma dizer que eu digo. A verdade é que a hora de dar um passo à frente parece essa. "A flor do querer" nascendo no meu jardim, como diria minha avó.

Parece que esse passo vai tornar tudo mais sério, mais difícil, mais fácil, mais complicado, simples e mais intenso e profissional ao mesmo tempo. Não sei se farei isso pelo resto da vida mas, pelo menos estou tentando um caminho muito longe de tudo que já imaginei pra mim, o que torna tudo novo, mais interessante e mais assustador também. Meu lado criativo está gostando da coisa toda mas o meu lado profissional, chata, está lidando com isso em forma de pressão. Não paro de pensar em como vai ser difícil daqui pra frente aceitar o meu trabalho. E mesmo em como arrumar trabalho, que tipos de trabalho, em como conciliar isso tudo e mais um milhão de coisas.

Mas até onde essa pressão é saudável?

Até onde essa pressão me impulsiona ?

A sensação que tenho quando paro pra pensar, é que essa pressão até hoje (porque sempre fiz isso) não define quem eu sou. Não quero deixar que defina e é por isso que tenho me permitido mais.

Hoje me permito errar, dizer que não sei, que sei lá talvez. Me permito dizer que não quero, que não posso, que vou ou não vou e não me explicar demais. Mas não me permito não tentar. Não me permito não me enfrentar, confrontar, encarar, sucumbir ou superar.

O bom de ser uma profissional independente ("!") é que terei o poder de decisão sobre a minha carreira. Não sei se darei maus passos, mas pelo menos terei o controle sobre com o quê quero trabalhar.

Antes tenho que descobrir tudo e ainda nem li a primeira linha. Tchau.

P.S.: essa foto foi tirada no jardim do Convento de Santo Domingo em Cusco no Peru. As flores são os famosos "brincos de princesa".