11 de outubro de 2012

A história de Dante - uma gravidez (parte 2 - te ver e te querer)


Até os 3 meses de gestação meu maior medo era enjoar mas, pra minha sorte, não enjoei com absolutamente nada. Desejos? A única coisa que desejei, mesmo, foi abacaxi. O desejo de comer alguma coisa quando se está grávida é diferente. Sua boca enche d'água, você é capaz de sentir o gosto, o cheiro... 
Aqui na cidade tem um produtor que vende seu abacaxi (e outras frutas) na caçamba do carro, é o melhor abacaxi que já comi na vida! Senti uma vontade tão alucinante que comi 5. Sozinha. Um atrás do outro. O melhor: eles não deram afta.

Fora essa extravagância, passei a comer melhor, mais vezes ao dia (até porque você não tem que comer por dois mas a fome aumenta bastante!), passei a beber mais água, a tomar uma vitamina recomendada pelo médico e minhas roupas, mais rápido do que pensei, começaram a incomodar. Os sutiãs principalmente.

Sempre fui magra, não magrela, mas magra com curvas digamos assim. Os seios sempre foram grandes e nesta fase eles resolveram se super-desenvolver. É incrível como podem crescer tanto em tão pouco tempo! Meu marido achou tudo uma beleza... o desenvolvimento da gravidez até agora se resumiu entre bunda e peitos, como ele poderia não gostar? Além disso, li que muitas mulheres enjoam do cheiro do marido ou mesmo ficam "assexuadas" durante a gravidez, mas, como este não foi o meu caso, ele aproveitou bastante.

                                                                                    (auto-retrato)

Enquanto ele aproveitava as curvas eu as achava grandes, sinuosas e em franco desenvolvimento. O meu olhar crítico sobre mim mesma piorava. Me sentia cada vez mais gorda, inchada, feia e no dia seguinte... grávida, curvilínea e linda!

Alterações de humor, que já existiam, passaram a ser inevitáveis e intensas. Choro e riso, alegria e irritação. Pra ajudar, tivemos que fazer uma obra no telhado do quarto do bebê, chovia mais dentro que fora, e encontrar profissionais da área, por aqui, não foi nada fácil. O teste de o quanto meu marido é paciente foi superado...


(ele é meu super-herói)

Com quase 4 meses de gestação fizemos mais uma ultrassom. Aqui já deu pra ver o bebê com forma de bebê, se mexendo, embora eu ainda não o pudesse sentir. O Bruno me acompanhou (em todas!) e a emoção de ver uma minipessoa crescendo dentro de você é grande. Mais choro, mais risos! Nesse ponto parece que comecei a acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo comigo. 

O Bruno ter me acompanhado em todas as ultrassons (é assim mesmo que se diz?) foi muito significativo pra mim. Apesar de ele às vezes ter que se desdobrar em cem e sair mais cedo ou chegar mais tarde no trabalho, ele fez questão de estar presente. Cada vez que ele podia ver o bebê e ouvir seu coração batendo alto e forte eu o sentia mais envolvido, mais próximo da gravidez e entendendo melhor o que estava acontecendo comigo, com a gente! 
Saíamos do consultório sempre com um sorriso no olhar, com a sensação de que estávamos começando (de verdade) a nossa família!


(A imagem, como sempre, torna tudo mais fácil. (eu amo fotografia!))







4 comentários:

  1. mirian flores11/10/12 6:50 PM

    Cinthia Davanzo formidável, maravilhoso, soberbo. continua que no futuro quando o Dante abrir asas e voar você ainda terá, à sua disposição, o histórico de um milagre que é fazer e ver crescer um filho. Parabéns querida! O Bruno não podia mesmo ter casado com ninguém mais.

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    1. Obrigada Tia!!! Tb acho que ele não podia ter casado com mais ninguém! rs!!!!

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