18 de outubro de 2012

A história de Dante - uma gravidez (parte 5 - os desconfortos)


Fizemos uma viagem para Belém-PA para um congresso de fotografia e quando me posicionei para embarcar no avião como preferencial me olharam feio. Já no avião, pedi um travesseiro pra me acomodar melhor e a aeromoça, muito gentil, informou que os travesseiros eram destinados aos passageiros preferenciais e que não haviam mais travesseiros disponíveis. O Bruno já irritado informou sobre a minha gravidez e ela, com cara de espanto, arrumou um travesseiro mais do que depressa.

No supermercado a mesma coisa. Caixa exclusivo e lá vem uma senhora de uns 60 e poucos... entra na minha frente como se a minha barriga fosse um monte de gordura desprezível e me olha como quem pergunta se eu não tenho vergonha na cara.

Momentos difíceis pra quem quer exibir a barriga de 06, quase 07 meses da primeira gravidez!

Até aqui eu já havia me acostumado a me sentir bonita/feia, gorda/grávida, mas é complicado lidar com os sentimentos que surgem quando as pessoas te "destratam" ou te desdenham por estar grávida. Ainda bem que durante esse período ajudei o Pium a trazer a oficina de fotografia documental - Bem querer - com João Roberto Ripper. 
A oficina é fantástica e o Ripper um mestre. Esse auto-retrato foi feito durante a oficina e devo dizer: ajudou muito nesse período bem difícil e me fez sentir linda e com mais vontade ainda de exibir a barriga, mesmo que pequena!

(auto-retrato)
Outra coisa desagradável que passei nesses 9 meses foi a síndrome das pernas inquietas.
Pelo que li apenas 10% das grávidas são atingidas por esse problema e apenas 3% permanecem com ele depois da gravidez. Mas eu claro, tinha que fazer parte dessas estatísticas.

Sentia uma agonia do joelho pra baixo, principalmente nos tornozelos, uma coceira nos ossos, um palpitar nos músculos, uma circulação sanguínea acelerada, algo assim, do tipo bem complicado de explicar. 
Os dias em que fiquei mais tempo trabalhando, em pé ou sentada no computador, foram os piores e pra melhorar só colocando as pernas pra cima, o que além disso ajudou a melhorar a circulação já que meus pés viviam inchados. Banhos quentes também ajudaram e se você tiver um tapete de bolinha daqueles que chegam a "fincar" o pé, melhor. Esse tapete massageia o pé durante o banho e me ajudou muito a relaxar nas horas de crise, graças à ele, um presente da minha sogra, consegui dormir em algumas noites bem críticas.

O Bruno ajudava como podia, fazia massagem e era paciente com minhas reviradas e chacoalhadas súbitas na cama, depois dormia como um bebê e eu ficava ali, querendo arrancar os pés pra ver se conseguia dormir.

(Durante o ENNEFOTO.12 em Belém-PA)


Outra coisa que costuma atrapalhar o sono das grávidas é o peso da barriga. A minha começou a pesar e a incomodar só no último mês, afinal ela era pequena até então e nunca me atrapalhou o sono. Muitos travesseiros me ajudaram nessa parte da adaptação...

Fora isso, fica uma dica: não saia de casa sem aqueles absorventes de uso diário. Se você espirrar e estiver sem ele... Eu não podia rir muito também... era xixi na certa!! 
Só aquela escapadela é verdade, mas quando você está fora de casa isso pode ser um problema!

E por fim, mas não menos importante, o que me incomodou durante a gravidez, mesmo, foi o calor. Aff! morar no Acre é complicado nessas horas... pouca roupa, muitos banhos, e paciência, muita paciência até este menino nascer!!

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