No dia primeiro de maio de 2012 senti o bebê mexer pela
primeira vez.
Antes disso já tinha ligado pra minha irmã e perguntado como
era essa sensação porque estava sentindo umas coisas na barriga e não conseguia
distinguir se eram gases ou o bebê (não se engane, os gases vão surgir em
grande volume e vão percorrer o seu corpo procurando a saída) mas ela me
garantiu que eu saberia a diferença, e eu soube.
Quando senti seu primeiro movimento comecei a rir
involuntariamente. Que sensação incrível! Pela primeira vez me senti grávida de verdade, gerando uma
vida, uma vida que se mostrava pra mim como quem diz - sim, eu estou mesmo
aqui, dentro de você! É como se fosse a confirmação de que está tudo bem, o
bebê está vivo, saudável e que de acordo com a data vai te dar trabalho.
Ao mesmo tempo me senti um alien. Como posso eu carregar
outro ser humano dentro de mim? Outra vida, outro coração que bate, outro
corpo?
A partir de então eu queria que ele se movimentasse o tempo todo!
Eu chamava o Bruno cada vez que sentia qualquer movimento, mas ele ainda não conseguia perceber os movimentos do bebê dentro de mim e, quando isso finalmente aconteceu, foi outra grande emoção da gravidez. Mais choro, mais risos! Pode parecer um clichê danado ficar repetindo choros e risos mas é assim que a gente sente. A dualidade de estar feliz gerando uma vida saudável com toda a preocupação que isso gerou em mim foi muito choro/riso pra aguentar.
Eu chamava o Bruno cada vez que sentia qualquer movimento, mas ele ainda não conseguia perceber os movimentos do bebê dentro de mim e, quando isso finalmente aconteceu, foi outra grande emoção da gravidez. Mais choro, mais risos! Pode parecer um clichê danado ficar repetindo choros e risos mas é assim que a gente sente. A dualidade de estar feliz gerando uma vida saudável com toda a preocupação que isso gerou em mim foi muito choro/riso pra aguentar.
Eu me preocupava se ele seria saudável, se corria o risco do
autismo, do lábio leporino, se os órgãos estavam se desenvolvendo bem, se o que
eu comia/ pensava/ sentia/ poderia influenciar em qualquer coisa que fosse.
Todas essas encanações iam embora quando ele fazia o menor dos movimentos. É
como se a conexão fosse tamanha a ponto de ele conseguir afastar meus
pensamentos preocupados com um simples mexer de dedos. Um simples movimento
servia como sua voz me dizendo que estava bem, que isso era se preocupar demais
e que era mais legal aproveitar e sentir aquela vida dentro de mim, pulsando,
do que ficar imaginando tudo o que podia dar errado. Tive que aprender a lidar com uma ansiedade maior do que a que costumava ter, e já não era pouca.
Nesse período, fora todas as encanações, uma outra ansiedade começou a dominar: a descoberta do sexo do
bebê. Toda vez que passava por uma vitrine eu olhava todas as roupas e brinquedos de menino mas ainda assim olhava os laços e fitas... eu precisava ter certeza não só pra escolher e comprar o enxoval mas pra definirmos o nome. O engraçado é que mesmo sentindo, desde o primeiro momento que seria um menino, escolhemos primeiro o nome pra uma menina. Olívia. Se fosse menino, bom, isso seria um desafio à parte.
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